Mário Martins

Descobri a fotografia há mais de trinta anos. Interessa-me a série, a repetição, a memória, a reescrita, o trompe l’oeil, a reconstrução de significados. O instante, o documento, a narrativa, a tese, não me interessam muito. Não há nada para mostrar mas para ver, mesmo, e especialmente, o que não é óbvio. Interessa-me a não-linearidade de Godard, Laurie Anderson, Penderesky, Robert Frank, Eggleston, Céline, Man Ray, David Lynch, César Monteiro, Poe, Luiz Pacheco, Pop Dell' Arte, Dostoievski, Coltrane, Velvet Underground, Cocteau, Saul Leiter, Maiakovski, sucessiva e simultaneamente. Os espaços distópicos, atópicos, panópticos, eróticos, sinópticos, disfóricos, semióticos. Por puro deleite pela desordem e anomia gráfica. Não me interessam as rotinas, as metáforas nem as utopias. Faço fotografias por impulso, por cleptomania, criação de memórias, antropofagia, celebração.

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Alguns dos seus trabalhos têm sido expostos e publicados em diferentes meios, como exposições individuais e colectivas, revistas de arte contemporânea impressas e online, blogues e outras plataformas digitais. 

Algumas das exposições em que participou: Projectos e Progestos, no Edifício Chiado, Coimbra (colectiva, 1982); II Salão Fotográfico do FITEI, no Porto, onde obteve uma Menção Honrosa pelo conjunto de trabalhos apresentados (colectiva, 1984); Sem título, Coimbra (colectiva,1986); Retratos, no Instituto Tutelar de Menores de S. Domingos de Benfica, Lisboa e Gouveia (individual, 1994); Seia / 95, na Biblioteca Municipal de Seia (colectiva,1995); Errância do Olhar, na Galeria Municipal de Abrantes (individual, 2003); Olhares, Vila Boim (individual, 2003); Ruralidades, na Galeria Municipal de Arruda dos Vinhos, (colectiva, 2003); Homenagem à actriz Isabel de Castro, no Teatro S. Pedro de Abrantes (colectiva, 2003); Visões desconcertadas, no Museu do Hospital e das Caldas, em Caldas da Rainha (individual, 2005). 

Fez fotografia de cena em vários contextos, nomeadamente no Grupo de Teatro Fatias de Cá (1983-1984), foi colaborador em vários projectos de teatro independentes com exposição de projectos fotográficos e publicação de trabalhos em diversos jornais (1991-1995); Grupo de Teatro D’As Entranhas (2004); no cinema, A Porta Amarela, de Vítor Frade (2003). Foi colaborador da empresa Rosco Ibérica (1991-1992).

Tem publicado regularmente em publicações de arte contemporânea (2008-2019): Revista Artes & Leilões, ARTECAPITAL.NET, Arq’a – Revista de Arquitetura e Arte, Wrong Wrong Magazine, Umbigo.

Desenvolveu o projecto umafotopordia num blogue com o mesmo nome, ininterruptamente, onde foram publicadas mil e uma fotografias,  com edição diária (2005-2007). 

Teve formação no Centro de Estudos de Fotografia em Coimbra (1981-1982) e frequentou o mestrado em Teoria da Cultura Visual no IADE, Lisboa (2008-2009).

É membro fundador da Terceiro Direito – Associação Cultural e faz parte da equipa editorial da revista online de arte contemporânea Wrong Wrong Magazine

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